Documentário NSDPC

sábado, 20 de julho de 2013

Promotor Francisco de Jesus visita área da mineração e transnordestina entre Simões e Curral Novo

Na tarde desta quarta-feira dia 17 de julho, o Promotor de Justiça da Comarca de Simões, Dr. Francisco de Jesus Lima, realizou visita e fiscalização, juntamente com sua equipe técnica, na região onde está sendo implantada uma das maiores obras do PAC no Nordeste, a Transnordestina, e encontra-se também uma das maiores Jazida de minério de ferro do Brasil.

Na visita, Dr. Francisco de Jesus, destacou ainda a importância do respeito às famílias que residem na área diretamente afetada e próximo dela, bem como a importância da preservação ambiental, visando assim que o progresso chegue em consonância com o respeito ao meio ambiente e a cultura local.

Na oportunidade, Dr. Francisco esteve presente na Capela Centenária de Arquitetura Mediterrânea, dedicada a Nossa Senhora do Perpetuo Socorro, bem como no cemitério dos caboclos (feitos de pedra) e, por fim, na barragem da Palestina, construída pelos escravos e reformada no governo de José Lopes, quando pertencia ao perímetro territorial de Simões.

Dr. Francisco de Jesus, Membro do Ministério Publico do Piauí, também visitou algumas famílias daquela região, onde pode ouvir e ver de perto o que
 cada uma relata com relação aos empreendimentos e sua satisfação no que tange ao tratamento dado por representantes dessas empresas.

“O trabalho na preservação do patrimônio histórico cultural é também uma das missões constitucionalmente consagrada ao Ministério Público, traduzindo-se em uma das forma de preservação do meio ambiente" afirma Dr. Francisco de Jesus.

Atualmente existem ajuizados tanto no Ministério Publico Estadual, quanto no Ministério Publico Federal, procedimentos administrativos. Além desses órgãos do poder judiciários, a FUNDAC-PI manifestou-se favorável à preservação de todos esses bens, bem como o IPHAN, que tem acompanhado todo esse processo, na luta pela preservação desse patrimônio.

Finalizando, o Promotor assegurou que "todas as medidas necessárias, quer sejam extrajudiciais, ou judiciais, serão adotadas pelo Ministério Público para coibir abusos, ou lesões de direitos, inclusive dos moradores da região".

O Projeto NSDPC surgiu com o intuito de valorizar e assegurar a preservação dos patrimônios históricos, artístico, culturais, arqueológicos e religiosos dessa região, e atualmente conta com a atuante participação do 
Ministério Publico no sentido de que esses bens sejam preservados.





















Com informações www.nsdpc.blogspot.com.br

sábado, 6 de julho de 2013

Projeto NSDPC é Destaque em Jornal de Grande Circulação no Piauí


O Projeto NSDPC, voltado à preservação do Patrimônio Histórico, Artísitico, Cultural, Religioso e Arqueológico presentes na Comunidade Rural Palestina, pertencente ao município de Curral Novo do Piauí, teve destaque na dição deste domingo 07/07, no Jornal O Dia.

A reportagem de Francicleiton Cardoso, Diego Iglesias e Geysa Silva, trás na coluna Regional, paginas 04 e 05, o Projeto audacioso dos moradores e familiares daquela região, que se uniram na luta pela preservação da história e riqueza que tem aquela região.

A Capela, que traz traços da arquitetura mediterrânea, foi construída entre os anos de 1915 e 1920, por encomenda de Dona Luiza e Sr. João Fernando, e dedicada a Nossa Senhora do Perpetuo Socorro, onde desde então se formou uma comunidade religiosa e propagou a devoção através de grandes festas, que atraia multidões de pessoas oriundas de outras localidades.

Com o descobrimento da existência desta ‘relíquia’ histórica e cultural, membros da Família Fernandes e amigos, decidem atender ao pedido de Dona Luiza e assim lutar pela preservação e reforma daquela comunidade, com o intuito de manter viva historia daquela obra edificada há centenas de anos, e ainda hoje presente na comunidade Palestina.

Conheça mais sobre o Projeto NSDPC, acesse a pagina na internet: www.nsdpc.blogspot.com.br

O Projeto que abrange a Capela centenária da Palestina, o Cemitério dos Caboclos e dos brancos, a barragem da palestina construída pelos negros, os demais vestígios foceis e culturais, pretende também mobilizar as grandes empreiteiras que atuam na região com o intuito de explorar o Minério de Ferro, para que as mesmas se sensibilizem a essas causas, e não só ajudem na preservação, mas como também contribua socialmente para que esses bens sejam resguardados de todo e qualquer tipo de degradação contra esse patrimônio.


Com informações do Jornal O Dia / ComNSDPC

terça-feira, 4 de junho de 2013

Mineração ameaça expulsar famílias sem pagar as indenizações justas

Moradores das pequenas comunidades Baixio dos Belos e Contente, nos municípios de Curral Novo e Paulistana, no semiárido do Piauí, respectivamente,  talvez sejam dos poucos piauienses que não estão eufóricos com a descoberta de jazidas de minérios de ferro na região e a instalação de uma ferrovia para transportar esse minério. Esses moradores, a maioria gente humilde, estão mesmo é temerosos de perder as suas terras e ficarem desamparados sem ter para onde ir,  recebendo uma miséria de indenização. A situação nos dois municípios é tensa e há inclusive denúncias de que morador já morreu após ser enganado na hora de receber o dinheiro da desapropriação das terras.

Nos últimos 30 dias, o Baixio dos Belos, uma comunidade de cerca de 80 pessoas localizada a 40 quilômetros da sede Curral Novo, onde nem a energia elétrica chegou ainda, foi invadida por forasteiros dos mais diferentes tipos, colocando o povoado no "olho do furacão da mi-neração". A maioria deles está à procura de terras para especulação e usa os mais diferentes meios para enganar a população desinformada. O povoado fica a menos de 9 quilômetros do local onde foi descoberta a maior jazida de ferro do Piauí e poderá desaparecer.

Alarmados com a situação, os moradores, depois de esperarem uma ajuda que nunca veio por  parte das autoridades, estaduais e municipais, recorreram à Igreja que através de cinco padres da região e do envolvimento pessoal do bispo de Picos, Dom Plinio Luz, estão chamando a atenção da população do Estado do País, para o que eles consideram o que será a maior  injustiça já praticada no Piauí: a expulsão das famílias com a perda das suas terras e da suas histórias de vida.

Um dos problemas mais graves é enfrentado pela dona-de- casa Teresina Isaura Feitosa Silva, 62 anos, do Baixio dos Belos.  Proprietária  de cerca de 50 hectares de terras, a idosa denuncia que de um dia para o outro viu a sua casa ser invadida por um advogado identificado por Lobão que de todas as maneiras tentava convencê-la a assinar uma procuração para que ele vendesse as suas terras com uma comissão de 20%.

O detalhe, segundo Maria do Socorro Feitosa Silva, filha de Isaura e presidente da Associação dos Moradores do Baixio dos Belos, é que a mãe, assim como muitos outros moradores, nunca disse que queria vender as suas terras.

Isaura e o marido contam que de tanto investir contra eles,  o suposto advogado acabou convencendo-a a assinar a procuração. Dois dias depois, Isaura se arrependeu, procurou Lobão, que disse que "agora não tinha mais jeito", ou seja, ela terá as terras vendidas sabe-se lá por qual valor, mesmo não querendo se desfazer dos seus bens.

Desesperada, Isausa  fez um apelo através da reportagem do DP que esteve no povoado na quinta-feira(30). "Quero que alguma autoridade obrigue este advogado a me entregar a procuração porque eu não quero vender nada", disse.

Os moradores contaram ainda a história de uma outra dona de terras que está sendo assediada pelo suposto advogado. Identificada apenas como "Neta", ela reside no povoado Juá e seria dona de cerca de 800 hectares de terras onde fica parte das reservas do minério. Ao contrário de Isaura, Neta está resistindo as investidas de Lobão que ameaçou-a, dando um prazo de apenas 30 dias para que  ela assine a procuração de vendas das terras.

Muitas das famílias do Bai-xio dos Belos acreditam que tanto Lobão quanto outras pessoas que apareceram em busca de terras estão a serviço das grandes mineradoras ou mesmo de grandes grupos financeiros dispostos a conseguir as terras baratas. Esse pensamento é reforçado pelo fato de Lobão viver argumentando que nas terras de Isaura não têm minério, mas mesmo assim insiste em querer que a idosa venda a sua gleba.

O povoado, de difícil acesso, (são 40km em uma estrada carroçável) de uma hora para outra viu chegar dezenas de carrões, em contrastes com os poucos veículos velhos e as dezenas de motos do lugar.

diariodopovo-pi.com.br

quinta-feira, 23 de maio de 2013

Transnordestina e ação de mineradoras preocupa moradores e a Igreja

Moradores da comunidade Baixio dos Belos e de outras localidades vizinhas, pertencentes ao município de Curral Novo do Piauí, realizaram uma reunião nesta quarta-feira (15), com mais de cinqüenta pessoas. O encontro teve, também, a participação do Bispo de Picos, Dom Plínio José Luz da Silva e de outros representantes do clero diocesano.

O padre Feliciano Santos Dias, pároco de Pio IX representou o presbitério da Diocese de Picos, composto por todos os padres. O chanceler da Diocese, padre Sebastião Francisco dos Santos, representou a paróquia de Ipiranga. A reunião contou ainda com a participação do padre Francidilso Silva, pároco de Simões; padre Adauto Vieira dos Santos Filho, pároco da paróquia São José Operário e do padre Antonio Cristo, pároco de Marcolândia.

Os sacerdotes compareceram ao povoado Baixio dos Belos, em Curral Novo, que fica a mais de 250 quilômetros de Picos, atendendo aos apelos dos moradores das comunidades. Eles pediram que a Igreja Católica os acompanhe no processo das terras em negociação com representantes da Ferrovia Transnordestina e das companhias mineradoras.

ESTRADA DE FERRO E MINÉRIO

A região de Baixio dos Belos, em Curral Novo do Piauí, detém uma das maiores reservas de minério de ferro do nordeste. Por causa dessa imensa riqueza existente no subsolo, está sendo construído na região um ramal da Ferrovia Transnordestina e as companhias mineradoras já realizaram o trabalho de identificação (sondagem) das jazidas de minério de ferro, para a extração.

São essas companhias mineradoras que vão retirar e exportar os milhões e milhões de toneladas do minério de ferro, existentes na região. Centenas dessas jazidas já estão devidamente localizadas, identificadas e catalogadas para que o material seja extraído.

Mas, os moradores da região e proprietários das terras, de onde o minério de ferro será retirado, revelam preocupação pela forma com a qual estão sendo abordados por pessoas que se apresentam como representantes das companhias mineradoras, e de outros que se identificam como advogados.

O QUESTIONAMENTO DOS MORADORES

De acordo com os relatos feitos pelos moradores na reunião desta quarta-feira, há um clima generalizado de dúvida e perplexidade em todos. Um dos motivos é a aparição dessas pessoas que se apresentam como advogados, fazendo propostas de compra das terras, sem terem sido procurados.

Conforme os moradores da região, esses advogados fazem propostas de valores a serem pagos pelas mineradoras, apresentando, também, os valores dos seus honorários advocatícios, sem terem sido procurados por eles (moradores) para realizarem essa mediação.

Socorro, uma das integrantes do grupo de moradores, disse que outras pessoas abordam os proprietários de terra na região, como representantes diretos das companhias mineradoras. “Os valores oferecidos ficam sempre abaixo do que se considera uma justa quantia de indenização”, explica.

Os moradores reclamam ainda do tom com que são feitas as abordagens pelos que dizem representar as mineradoras. Conforme os moradores, muitos deles são procurados com insistência e não raramente pressionados, a ponto de se sentirem sufocados e até amedrontados.

O PAPEL DA IGREJA

O Bispo Diocesano de Picos, Dom Plínio José Luz da Silva, disse após a reunião, que a presença da Igreja Católica, pelos seus sacerdotes, teve o objetivo de ouvir as preocupações dos moradores. “Fomos chamados a uma ação solidária e vimos ver a situação e ouvir as aflições do povo”, disse.

Segundo explica Dom Plínio, a Igreja não produzirá nenhum ato precipitado ou que resulte em obstáculo ao progresso ou ao desenvolvimento. “O que desejamos é tão somente que essas pessoas sejam tratadas com respeito e com justiça”, ressalta.

O Bispo de Picos lembra que a missão da Igreja Católica é a mesma de Jesus Cristo, que é se colocar sempre com critério em defesa da dignidade e da preservação da vida das pessoas, sobretudo agir em solidariedade aos mais pobres e aqueles que enfrentam maior aflição.

Dom Plínio disse que a Igreja vai procurar as autoridades constituídas a quem cabe a responsabilidade de oferecer resposta adequada para a situação, bem como se informar sobre os encaminhamentos a serem adotados. O Bispo garante que a Igreja será solidária, atendendo ao apelo feito pelo povo.

folhapicoense.com.br